sábado, 5 de outubro de 2013


(...) tons.
 


Repletas de papel de parede. Papel repleto de memórias e postais capturados de ansiedade. Por entre brechas, paredes desbotadas e danificadas ao toque da minha mente. Palavras a pairar no silêncio da minha voz tão familiar. Dos imensos tons que a caracterizam num tão pequeno espaço, não de tempo, mas de espaço. O tom de desespero, esse que demasiadas vezes se precipitou como uma flecha num sonho, agonizando os pensamentos de forma brutal e desleal. O tom de apatia, esse praticamente inexistente, que era suportado pela respiração fragmentada do choro. O tom de excitação, esse tão familiar, mas desvanecido, que por entre as sombras reaparecia momentaneamente. (...)

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