Noites quentes de novembro
Emaranhada nos lençóis por entre sonhos a dentro.
Irrespirável ar, de quem não sabia ficar
Nem no porto, quanto mais em pleno mar.
Noites quentes de novembro.
O vendo refresca as faces,
e a mente perdida nos enlaces
a girar em direção ao centro.
Noites frias de dezembro,
Perdida na ilusão,
Ilusória de ti mesmo.
Noites frias de dezembro,
Portões fechados a seis chaves,
Portas esbatidas na minha irrealidade.
Noites frias de dezembro,
alegria encobrida pela fé de um outro mundo.
Noites gélidas de Janeiro,
E a vista para a cidade,
Como de quem não sabe.
como de quem não sabe, nada.
Noites gélidas de janeiro
A alvorada perdida,
em soluços e desvaneios.
Noites gélidas de janeiro
e o medo de ter,
o medo de perder,
aquilo que é nada.
Aquilo que sempre foi o nada.
Vem, ser a minha paz imunda
que se centra só em mim.
Vem, ser aquilo que eu sempre quis
Embora infeliz de quem nunca teve nada
nada de verdade.
Gosto tanto de te ler. ♥
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