quarta-feira, 11 de setembro de 2013



(...) A janela não me incomoda aberta. Por muito que incomode a tantos, a mim não. Sei que assim os outros verão tal como os poderei ver a eles, mas acredito que não o faram, pelo menos por agora. E este agora, é que interessa. Precisamente o agora em que consigo sentir as pálpebras a fechar e o meu corpo a pedir para se deitar, assim como a minha mente a suplicar por mais um daqueles sonos, ou sonhos tão irreais que me arrastam da confusão desta tão suposta realidade. Resisto a fecha-las, porque a vontade de ver estas palavras correr à velocidade da minha mente é demasiado tentadora para uma mente tão perdida quanto a minha. Os ponteiros do relógio tão pouco me incomodam, mesmo sabendo que para muitos outros eles estejam fixos  na escuridão da noite, ou então ocultos pelos pesadelos arrastados das realidades deles mesmos.  A janela esta aberta e sentada na cama consigo avistar o céu. Está escuro, mas com tons de laranja.

 

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