segunda-feira, 30 de junho de 2014


É de uma simplicidade.

Tal como o fundo de uma sala ser apenas uma parede de uma única cor. Sem tons misturados, sem mais realidades e perspectivas combinadas. Sem aquele nada que perturbe a apatia do minimalismo suspenso no nu. Adicionar peças seria uma loucura. Mas fazem-no a toda a hora. Cobre se a simplicidade com excesso de pormenores. Desvia-se a atenção e rapta-se a distração. Consequentemente chegam os quadros. Pintura sobreposta a pintura, emoldurada frequentemente em algo mais brilhante que a peça em si. Porque chegam? Quer-se abundancia de realidades. Quer-se misturar para cobrir a falta de (...).
Por ultimo, ou ao invés dos quadros, adicionam-se espelhos. Esses também com molduras, de diferentes formas e feitios. Quando já perdidos em tamanha cumplicidade com o caos e mistura de vidas que não a que pertencem, vem a procura do que nunca por lá se encontrou. O reflexo daquilo que se é. Que se foi perdendo em pinturas e decoração ilusória. Cobrem-se paredes, cobre-se a essência. Perde-se a simplicidade.
Citando Ludwig Van der Rohe. "Menos, é mais."

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