quarta-feira, 26 de março de 2014


caminhar e não sentir o peso do ser. apenas o peso do corpo cansado do êxtase e da rebeldia que o tomou. sentir o desconforto de pisar as pedras da calçada. quase que sentir o frio na manhã que é tarde. manhã com companhia silenciosa, incomodada pelo burburinho pesado interior. perlonga-se ela então para uma tarde só. uma diferente companhia é aos poucos desenhada na janela do comboio, arrastando essas tantas realidades. e vão ficando para trás. rosto pesado de sabe-se lá o quê. dizem que é a dúvida que o consome. olhos curiosos o observam. dizem que é a loucura que não o deixa adormecer. por isso fica-se desperto até à manhã seguinte. 
- não despertes mais assim.  com toda essa ansiedade. fica-te pela noite. e de manhã, bem cedo, regressa à tua realidade.



 
 
 
 
 

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