domingo, 1 de dezembro de 2013

 
O toque suave da melodia pesava nas folhas. E caíam. Sobre as nossas cabeças, leves de tanto peso. De tanto sentimento no entanto, com tanta perturbação. De tanta vontade anónima de libertar os ramos e criar as raízes interrompidas pelos pensamentos cautelosamente premeditados. E caíam, sobre os nossos ombros, o peso do vento. O peso do toque, carregado de olhares. Olhares carregados de verdade. (...)

É pensar no saber. Pensar que o sei. Que sei por quantas partes se dividem esta grande parte, em tantas vezes, já partida. Na verdade, não saber nada, mas saber a consciência do nada perdida no todo que persiste. Não saber. Ser o livre, sem cautelosamente pensar nas partes lesadas e nas partes inteiras que restam intactas de pouca consciência. Pois é não saber quase nada. Ou saber tanto. Do nada.