O mundo continua o mesmo. Se estivesses cá, cantava para ti.
Mas eu continuo deste lado. O teu céu é igual ao meu,
mas mesmo assim divide-se em dois e as estrelas dividem-se em promessas.
Abro os olhos e vejo as nossas noites se encontrarem.
Mas sabemos que apenas somos guiados pela luz dos candeeiros.
Aqueles que percorremos de mãos dadas.
É lá que consigo ouvir o batimento do teu coração.
Nas ruas apinhadas e nas outras desertas de gente.
Já sem luz, deitada, olhei e continuavas ali.
E agora consegues ver o céu? É lá que consegues ver o meu.
As luzes dos candeeiros vão continuar acesas.
E as promessas vão-se desfazendo.
(...)
Eu ainda consigo ver o céu. Tu continuas desse lado.