Mas há de haver calor. Há de haver sorrisos, postais, cartas e malas feitas. Há de haver alpendres com luz pela noite dentro, há de haver noites no pátio a não contar estrelas. Há de haver dias com mais luz do que o que se possa aguentar. Há de haver horas com mais vida que se possa viver. Há de haver momentos que se irão penetrar no calor da pele. Há de haver sorrisos para nos preencher o peito de balanço. Há de haver olhares fixos em olhares fixos de verdade. Há de haver verdade. Há de haver caminhos, decididamente desenhados por nós. Há de haver pedras e hão de florescer cores. Há de haver chuva e neve e folhas caídas no chão.
Bem haja, à vida.